Escrevendo a minha poesia ( vida )

Nasci, e num papel fizeram uma reticência...

Todo aquele papel em branco,

O choro foi a primeira estrofe.

Aos poucos começaram as vírgulas,

Dando as pequenas pausas,

Dando a impressão que tudo era lento.

Chegaram os pontos de continuação.

Com suas pausas maiores.

Diziam-me calma! tudo ainda continua.

As acentuações deram-me regras.

Os tons já não eram os mesmos,

A entonação era uma musica clássica.

Um dia falaram-me: métrica!

Com seus conceitos bem rígidos,

Seriedade, beleza, amor.

Encontrei e vi todos os estilos,

Ainda não me fixei a nenhum,

Por vezes sou romântico outras sou barroco.

Na adolescência apaixonei-me.

Uma menina linda e livre,

O nome dela era poesia.

Com ela aprendi tudo que precisava,

Às vezes me dava licença para os erros,

Às vezes dizia-me que estava exagerando.

Continuo colocando no papel,

Tudo que sinto ou penso que sinto,

Quando eu for embora vai ser o que deixo.

Essa é minha poesia, minha vida.

Onde todo dia aprendo e escrevo,

Porque sei que em um suspiro o ponto final um dia vai chegar.

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 02/04/2011
Reeditado em 02/04/2011
Código do texto: T2885495
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