Cosmurgia
E me aproprio de teu corpo
E nele crio meu universo
Nele me deito, nele me elevo
E contorno o ventre, o umbigo
Obscuramente pertenço
Ao mundo novo queimando
É vigor, força, despropósito
E sigo sagaz nesse delírio
Invento o meu perdão
Desafiando o sagrado
Aniquilando todo medo
Profanando astro e conjunção
Surgindo o corrompido, o corroído
Instante de Eros úmido, arrebatado
Extremamente doce, desejoso
Discurso embaraçado, terno espaço criado...