Um poema que ninguém escreveu

Eu sou um poema que ninguém escreveu

Um código incógnito que ninguém decifrou

Sou a palavra que sem sair, na boca morreu

Eu sou o pensamento que Rodin Silenciou

Sou aquele que de tanto procurar se perdeu

Sou o que não vive aquilo que sempre sonhou

Sou o que segue pelas ruas de um mundo breu

Eu sou aquele que espera quando tudo acabou

Aquele que se espanta quando nada aconteceu

Eu sou a distância a separar vários indefinidos

Um sonho de vazios, plumas, bolhas de sabão,

Que tem forma perfeita, porém curta duração...

Eu sou o pensamento de alguém que me leu

Alguém que talvez não seja diferente de mim

Pois somos iguais, no início, no meio, e no fim...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 12/11/2006
Reeditado em 12/11/2006
Código do texto: T289012
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