Me

Sinto febre...

e escrevo.

Deixo que as linhas se façam

E que meu eu se saia

Sem receio de me mostrar

Aberta e entregue, sou verso e poema

E só por ser assim

vertiginosamente me sou

Meus olhos alcançam imensidão

E querem o querer absoluto

E unificadamente diversa me ofereço

Ou exagero ou excluo ou todas elas

Sou peça que falta, inteira a sentir

Possuindo o todo, o espaço, o fora

Mais completa e desatenta

Faço rimas e as desfaço

Simplesmente porque tenho todos os sentidos simultaneamente gritando dentro...