As Nuvens

As nuvens são brancas, branquinhas

Com jeitinho de algodão

Aí penso, repenso:

Será que são?

Em dias de chuva

cabisbaixas-cinzentas

escuras...

Rompem a claridão

Entoam raivosas, num canto explosão!

Parindo suas águas

voltam às origens

branquedas estão

Aí, encafifofô:

São nuvens de algodão?

Fofinhas nuvens, fofas nuvenzinhas

beijam as montanhas

num gesto paixão

O que produzem essaszinhas,

além de raios, água e trovão?

Às nuvens!

Formas formando arte

em explícitas aparições

Vão vagando, soberanas,

entre pássaros-aviões

Que segredos guardam

desse branco-imensidão?

[...] Frieden, Yasuragi, Shalom, Vrede...

Paz!

Vêem tudo, são testemunhas,

lá do alto saberão

Que a menininha que as contempla

com tamanha excitação

Não tem outro pensamento

A não ser a doce dúvida:

Seriam nuvens de algodão?

Cecília De Vênus
Enviado por Cecília De Vênus em 12/11/2006
Reeditado em 12/11/2006
Código do texto: T289557