A inércia do inesperado
"Quem não se arrisca não pode berrar!"
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Enquanto o prévio julgamento
crucifica o homem,
Vou quebrando a cara
com a sobra que remenda a alma.
A essência da boa vontade
não se curva aos joelhos doridos;
pois o cheiro da rosa
se deixa exalar entre espinhos.
O inesperado é o inevitável
Do que nunca refilmamos
Com medo da tela soberba
Do conceito e do imutável.
Berremos, pois, na fonte
Enquanto a água jorra sedenta
Na inércia de quem teme
A sede do inesperado