EX CANÇÃO...

Não há novidades

nas cavidades das horas.

(Não há pressa...

não há demora...)

Há apenas um silêncio que se estende

noite adentro, dia afora.

Às vezes a Vida faz festa

e baila até o romper da aurora.

Outras vezes ela se faz princesa

e, adormecida, se esquece do prumo

e do rumo de outrora.

Nada há nas cidades

ou nas cavidades do agora

que justifique a inércia

tão incontida das horas.

D.V.

10/04/2011

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