Diante do que não entendo

Sou limitado demais

para compreender

as fúrias e paixões

que movem os homens

e configuram

o enredo da vida.

Sou pequenino demais

diante do impassível tempo

que ás vezes escreve torto

em minhas linhas certas.

Por isso falo através da poesia,

onde posso ser múltiplo ou nulo.

Sou menino demais

para suportar as dores e apatias

desse triste mundo adulto.

Por isso protejo meu coração

em distantes ilhas

e castelos de pedra.

Países, cidades, lugares, pessoas

construíram minha identidade

de estrangeiro,

deram-me esta alma

de nômade,

a inquietude da dúvida.

Thiago Cardoso Sepriano

ThiagoCardosoSepriano
Enviado por ThiagoCardosoSepriano em 15/04/2011
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T2909753
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