Consumado

Abro os lábios e proclamo

que no leito à frente

a vida hoje começa

e esse sonhar insano

que turva minha mente

pede que assim aconteça

sem pressa

sem promessa

deixando que os corpos decidam

por onde as almas se encontram

Em que caminhos nos buscamos

em que estrela nos achamos

em que lua nossos olhares se deram

um pedaço de mim

está perdido em ti

desde o dia que te achastes em mim

enquanto a vida corre apressada

me terás repensada

feito nova canção

uma lira ciciante

a romper as tuas auroras

como chama brilhante

acendendo tua emoção

sem lembranças outroras

já não esperamos

se a vida hoje convida

e nos põe a taça na mão

nos aceitamos

nessa consumação atrevida

fechando atrás de nós

as portas do passado

em nossos beijos esperados

somente um pecado

o sussurro da nossa voz...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/06/2005
Código do texto: T29121
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