Assim me fiz, assim sou

Atada aos meu próprios compassos

Dividindo emoções momentâneas

Cedendo espaços

Calcando meus pés em terra nobre

Prendi meus olhos e olhares

Nas lacunas e laços

Nas minha dores cutâneas

E a vida que me sobre

Me ofereça os lugares

Em branco ainda muitas páginas

E eu reescrevo meus editais

Publico minhas transgressóes

Aceito e assumo meus senões

Meus apelos vitais

Tenho a pele tatuada e nua

O corpo e a mente marcados

Me lanço em desejares afoitos

Sorrio solitária pra lua

E me guardo nos meu agrados

Me sobram cem razões e mais uma

Pra ser mais que uma

Entranhar na pele as mil mulheres

Com seus tantos quereres

Há muito de mim me esperando pra viver

Há muito do meu querer tentando me encontrar

Passo noites e dias me perdendo e me encontrando

Até que finde essa procura

Estou solta como mansa lua

Rondando e rompendo

A ideologia dos meus estatutos

Me esgueirando em meu mundo.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/06/2005
Código do texto: T29125
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