Devolva

Devolva o brilho dos meus olhos

O riso frouxo de outrora

A coragem de caminhar

Afasta de mim os teus escolhos

Tua caixinha de Pandora

E teu breve dedilhar

Devolva as noites que me tomou

O semblante sossegado

E todas as minhas primaveras

O poetar que me embalou

Fez pouso no pecado

A passear por outras eras

Devolva a oração imaculada

O perdão que não entendeu

A juventude empoeirada

Eu te devolvo os dias de liberdade

A alegria da amizade

E a minha sinceridade

Devolva a minha paz

Eu te devolvo meu afeto

Devolva -me a escrita contumaz

E eu saio debaixo desse teto

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/06/2005
Código do texto: T29131
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