Existir é preciso

Existir é preciso

O ocaso parou um instante,

sobre as longas vagas oceânicas,

não por acaso, exausto da lida diária.

Espiava a existência, contemplava a vida.

À noite, o vento dormia,

vigiava, em zen, o universo.

Percorri mil mundos,

infinitos labirintos.

Existem muitos caminhos,

o coração e a mente

são as velas e o leme.

No alforge a percepção.

A meta o infinito,

aquele, que os olhos não fitam.

Os pés flutuam em bolhas de sabão.

Na cabeça, palha seca e orvalho,

as estrelas ainda brilham em gotas.

Corpo molhado, arco-íris na testa,

imagina asas e voa.

A aurora é luz, é paz,

ao encontro do todo,

à caminho do coração.

Zion Freire

Zion Freire
Enviado por Zion Freire em 14/11/2006
Código do texto: T291518