Existir é preciso
Existir é preciso
O ocaso parou um instante,
sobre as longas vagas oceânicas,
não por acaso, exausto da lida diária.
Espiava a existência, contemplava a vida.
À noite, o vento dormia,
vigiava, em zen, o universo.
Percorri mil mundos,
infinitos labirintos.
Existem muitos caminhos,
o coração e a mente
são as velas e o leme.
No alforge a percepção.
A meta o infinito,
aquele, que os olhos não fitam.
Os pés flutuam em bolhas de sabão.
Na cabeça, palha seca e orvalho,
as estrelas ainda brilham em gotas.
Corpo molhado, arco-íris na testa,
imagina asas e voa.
A aurora é luz, é paz,
ao encontro do todo,
à caminho do coração.
Zion Freire