Trégua para Van Gogh II.

Vou sem rumo no canto que exumo

A sentença é maior que a doença;

Quando o prumo caduca, presumo:

Mas a crença é pior que a ofensa.

A licença do estudo compensa

Pois arrumo de vez este insumo

Renascença venal do que pensa

O consumo irreal mostra o fumo.

A pintura insensata, insegura,

Que revela seus ritmos da sela

Na procura dos mitos, loucuras

Pois aquela tortura esfacela

A Clausura da tela, armadura,

Sempre bela, a loucura amarela.