Adagas Translúcidas

Na ponta do precipício,

de mim,

sub-existindo apenas um resquício...

Vislumbro fascinado o encontro cósmico dos oceanos.

Seduzido por duas infinitas camadas azuis translúcidas...

nauseado pelo vapor pirrônico

das almas que adentraram-nas...

falta-me coragem suficiente para terminar

o final poético que iniciei.

E simplesmente assim, nu, cru, objetivo, incisivo,

transcendente & a níveis incongruentes...

Permito-me ser golpeado pelos dardos

que proferi em meu pretérito imperfeito...

...Não sabendo até então, em qual camada

azul-translúcida me afogarei;

No grande oceano do esquecimento,

ou no colossal oceano do ego.

Marcelo Maia
Enviado por Marcelo Maia em 15/11/2006
Reeditado em 31/05/2007
Código do texto: T292155
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