QUEM SOU

Sou o tudo do nada que constituo,

No espaço, no tempo e na existência;

Dentro da jornada da vida,

Lentamente, estou morrendo...

Sou o máximo do minúsculo ser que constituo

E que dentro do todo sou alvejado

Por olhares invejosos, que dispendem o egoísmo,

Ao invés de afeto, de amor e de carinho.

Sou aquele que busca o que sou

E quer saber o que, realmente, sou.

Sou aquele que quer definir a emotividade

E a essência do verdadeiro amor.

Sou aquele que quer compreender a saudade

E explicar a tristeza e a dor,

As quais não me permitem,

Horas vagas para o lazer

E um tempinho para mim mesmo.

Sou o olhar que busca orientação e ajuda

Para construir o alicerce da jornada,

Que, agora, triste e descompassada

É percorrida por meu ser,

Mas sente falta de algo muito importante,

Indefinido e obscuro...

Sou o que busca uma definição de tudo,

Para suprir a carência de paz,

De tranquilidade interior

E preencher o vazio da alma,

Que chora um desafio perdido.

Sou a indiferença do muito que constituo

E a alegria capaz de ajudar e orientar

Quem caminhar ao meu lado.

Contudo, sou o tarde do que sou,

Diante de tudo o que sonhei,

Do nada que cativei,

Na existência que não vivi.

Nova Roma do Sul- RS, em 03 de janeiro de 2008.

MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 21/04/2011
Código do texto: T2921828
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