PLANETA FEBRE II

Este não é o meu planeta!

Esta terra febril que arde,

inundada por lágrimas de geleiras,

dizendo que amanhã pode ser tarde.

Asfixiada e doente ela vomita,

convulsionando rios e oceanos.

E na incandescência a vida grita...

Há um mundo encoberto de lavas e lixo;

Frutos do poder e da guerra.

Casa sem teto de humano bicho.

Este não é o meu planeta!

Entregue a própria sorte, e

sem rumo certo caminha

Entre a vida e a morte...

OBS:poema vencedor do concurso Poemas nos Ônibus - 5ª Edição em novembro de 2006 - promovido pela empresa de transporte urbano de Passo Fundo - Capital Nacional da Literatura no Rio Grande do Sul, reconhecida no país pelas Jornadas Nacionais de Literatura.

Lislopes
Enviado por Lislopes em 15/11/2006
Código do texto: T292342