Versos de uma “colareja”
Versos de uma “colareja”
Meu negro castelo habitado
Por putas, drogados e doentes mentais.
Social idolatria por sonhos irreais...
Meu casebre de barro:
Sepulcro de fantasias,
Cárcere de meus ais
Nesse vale encantado em devassos temporais.
As armas aqui se calam,
Os sonhos apenas gritam,
E eu? Posso ir agora sem possuir...
Lá fora muitos querendo me entrar.
Vestes me servem bem,
Sem qualquer luxuosidade melhor.
Os contratos que aqui temos
Não são tratados fora daqui.
Porém, há latas em chamas,
Muros em meus olhos,
E vilarejos inteiros em minha alma.
Todos nofisterato com réstia de alho,
Muitas luzes e crucifixos
Sem nenhuma salvação.
Tudo por meu penduricalho,
Minha tinta no papel,
E meu sangue no lençol!
Bornnye
03/04/1998