Versos de uma “colareja”

Versos de uma “colareja”

Meu negro castelo habitado

Por putas, drogados e doentes mentais.

Social idolatria por sonhos irreais...

Meu casebre de barro:

Sepulcro de fantasias,

Cárcere de meus ais

Nesse vale encantado em devassos temporais.

As armas aqui se calam,

Os sonhos apenas gritam,

E eu? Posso ir agora sem possuir...

Lá fora muitos querendo me entrar.

Vestes me servem bem,

Sem qualquer luxuosidade melhor.

Os contratos que aqui temos

Não são tratados fora daqui.

Porém, há latas em chamas,

Muros em meus olhos,

E vilarejos inteiros em minha alma.

Todos nofisterato com réstia de alho,

Muitas luzes e crucifixos

Sem nenhuma salvação.

Tudo por meu penduricalho,

Minha tinta no papel,

E meu sangue no lençol!

Bornnye

03/04/1998

Bornnye
Enviado por Bornnye em 16/11/2006
Código do texto: T292623
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