Consciência

Consciência

Entra aqui no meu espelho

Atravessa o rio vermelho

De sangue que eu colori

Beija os pés de Madalena

Sem ter nojo da ferida

A qual, sem querer, provoquei.

Senta nesta mesa farta

Coma e beba do meu vinho

Brinda com a hipocrisia

Que agora, não mais importa

Se veio de Pedro ou de Judas

Os trinta dinheiros que trago aqui.

Vista a túnica de seda

Coloque na cabeça o adorno

Pois a hora está quase morta.

E eu juro pelo sagrado

Que pecados não cometi

Porém ao atravessar a porta

Perdoa-me, pelo que vivi

Perpétua Amorim
Enviado por Perpétua Amorim em 16/11/2006
Código do texto: T292680