Exilado

Que alma estranha teu corpo habita,

perambulando em teu mundo invisível.

Vivo ainda, indiferente respiras...

Encarcerado teu sorriso não te visita.

Possuído de uma triste abstração,

como solidão de casa abendonada.

Transfigurados teus olhos já não vêem,

inertes à vida, secos de emoção.

Nesse cárcere sem partilha

flagela-te na angústia de viver.

A indiferença inútil se fez sina

Escavada no isolamento de uma ilha.

Errante perambulas pela vida...

Ninguém e nada mais importam.

Na ausência das palavras nasce

O exílio como única saída...

Lislopes
Enviado por Lislopes em 16/11/2006
Código do texto: T292689