BRINQUEDOS DE PORÕES
BRINQUEDOS DE PORÕES
Não somos sapos
Nem príncipes, nem fadas...
Pulamos em cada ato
Tão simples como mergulhar
Nas incertezas de amar,
Com medo de decidir
Nosso seguimento, ou não,
Entre lamaçais da estrada.
Por que as decisões para uns
São tão difíceis?
Porque pensamos sem pensar
E taxamos as coisas de antemão,
Se serão ou não impossíveis...
Difícil decisão.
O tolo sorri
E o sério cala...
Qual o primeiro a cair,
Ou mergulhar na indecisão?
Há algo que ainda valha
Uma única ação?
O risco de perder os sonhos
É transformar as idéias
Em pesadelos tristonhos.
Risco de não sentir
E achar que não pode subir,
Quando ainda tem fôlego,
Mesmo que ande trôpego.
Verá a escravidão
Com conformidade,
Achará que nada tem solução.
E cadê o sapo,
Cadê o príncipe?
São brinquedos de porão.
Walterbrios 29/10/2006