Meus amores

Tenho inventado,

ultimamente,

meus próprios amores,

muitos deles.

Por muito ter amado,

sei como são.

E, relembrando,

recrio a cada manhã

amores loucos, desequilibrados,

amores calmos, bem temperados,

invento sonhos, brincadeiras,

dengos, carícias, cafunés,

ciúmes, brigas, loucuras na cama.

A cada manhã

preciso de um novo amor,

porque não vivo sem amar.

A figura da minha amada,

porém,

permanece sempre a mesma

a cada uma dessas invenções,

por que, dos amores que invento,

o único que eu queria

que virasse realidade

era mesmo você!

Marcelo Grillo
Enviado por Marcelo Grillo em 17/11/2006
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