Meus amores
Tenho inventado,
ultimamente,
meus próprios amores,
muitos deles.
Por muito ter amado,
sei como são.
E, relembrando,
recrio a cada manhã
amores loucos, desequilibrados,
amores calmos, bem temperados,
invento sonhos, brincadeiras,
dengos, carícias, cafunés,
ciúmes, brigas, loucuras na cama.
A cada manhã
preciso de um novo amor,
porque não vivo sem amar.
A figura da minha amada,
porém,
permanece sempre a mesma
a cada uma dessas invenções,
por que, dos amores que invento,
o único que eu queria
que virasse realidade
era mesmo você!