TODAS AS MANHÃS

todas as manhãs

o mesmo sol entrando pela vidraça

çao sem plumas sem asas

fuçando minha intimidade

os memsos pecados acumulados

a mesma oração sem fé

o mesmo Deus sepultado pelos crentes

o mesmo gole de café

as mesmas picadas

das abelhas invisíveis do sol

o mesmo girassol

a mesma rua e suas janelas

os mesmos sonhos entocados

o mesmo bairro

os mesmos dilemas

o mesmo país e seus problemas

o mesmo mundo

o mesmo caos

os mesmos moribundos

as mesmas religões e seitas

o mesmo Deus

nosso de cada dia

batendo à minha porta

ofertando-me a mulher do próximo!

Joelson Gomes da Silva

Joelson Gomes da Silva
Enviado por Joelson Gomes da Silva em 04/05/2011
Código do texto: T2948160