Amor de vez
Moça do riso triste,
da alma fechada,
o que te fez ficar assim?
Moça do corpo carente,
que tanto se agarra à gente
ansiando carinho e afeto
com jeito sofrido de quem
espera a felicidade
surgir de repente
dentre os escombros,
deixa de lado teus medos —
todos nós somos segredos
deambulando à espera de quem
tenha coragem e jeito
de estudar nossa alma,
de abrir nosso peito
e descobrir nosso código,
encerrado num coração
que se finge de pedra —
mas que, no fundo,
só espera, moça madura,
que o amor venha
de vez!