MALDIÇÃO-

Maldição.

Guel Brasil

Eu vou perguntar ao lenhador,

Que árvore ele derrubou

Para fazer a cruz;

Vou perguntar se ele sabia

Que a cruz que acabou fazendo

Era pra matar Jesus.

E bem que ele o conhecia,

Das pregações que fazia

E o brilho da sua luz;

Vou perguntar ao lenhador

Que árvore ele derrubou

Para fazer a cruz.

Se foi um cipreste, ou um ipê,

Sei que ele não vai saber

Que madeira utilizou;

Agora não tem mais jeito

Pois o mal já estava feito,

Depois que a árvore tombou.

Maldição ao traidor

Que com um beijo entregou,

Para a sentença final,

O messias, o cordeiro

Filho do Deus verdadeiro,

Que nunca ensinou o mal.

E os cravos que pregaram

Que sem dó atravessaram,

Os pés e as mãos de Jesus?

Que dor horrível sentida

Que por fim tirou a vida,

De um ser que era só luz?.

Maldito, seja o ferreiro

Que a troco de dinheiro,

Malhou o ferro e forjou;

Cravos grandes, afiados,

Que foram utilizados

Pra causar tamanha dor.

Maldição aos Faraós,

Aos Romanos, aos Judeus,

Que não aceitaram Cristo,

Como sendo o Rei dos Reis,

Que veio cumprir as leis

Já que tudo estava escrito.

Pilatos e seus soldados?

Sejam todos excomungados

Sem ter direito ao perdão;

Que eu também seja maldito

E que ao morrer no pecado,

Meu corpo seque no chão.

E se o Cristo ressuscitado

Quiser voltar novamente,

Que venha bem prevenido;

Por suas milícias de anjos,

Por todos os seus arcanjos

Terá que ser protegido.

Se assim não o for,

Pra que morto continue

Vamos matá-lo outra vez;

Como morto, gera lucros, riqueza,

Vivo estando, vai secar a fonte

Do iníquo, que vive da insensatez.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 11/05/2011
Código do texto: T2964272
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