AÇUDE NEGRO

Negra noite

Negros versos

Ébano roubado

Dos confins.

Vidas próprias

Histórias vivas

Arrebatadas aos milhões

Lançadas à terra.

Página negra

Vergonhosa letra

Grafada a ferro

Na pele e nas almas.

Açude de lágrimas

Jardim de saudade

Descultura, descaminho

Branca liberdade.

Braços negros

Na doçura da cana

Suor amargo

Nos grilhões do café.

Camada da história

Que permeia

Sonhos e pesadelos

Em branco & preto.

Açude de vozes

Negro caminho

Povo enlutado

Reconstruindo destino.

Elaine Spani

ELAINE SPANI
Enviado por ELAINE SPANI em 13/05/2011
Código do texto: T2966871
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