FERA ATÔNITA

crava,

poesia,

pantera disparatada

tuas imensas

unhas negras em mim

teu dorso negro

movimenta-se num

movimento branco

nas esquinas

esquisitas

do meu coração.

de noite

a nossa paixão

se agita como a um

cavalo escavando o caos.

apalpo tuas formas

(da cabeça

a cauda)

fera atônita

acendendo

estrelas

clandestinas de lã.

Joelson Gomes da Silva

Joelson Gomes da Silva
Enviado por Joelson Gomes da Silva em 14/05/2011
Código do texto: T2969962