condenação

caminho silenciosamente

nesse resto de outono

as montanhas longas

espreitam meus sonhos

fujo dos nomes

e das origens

da palavra que oprime

só sei do tempo que agora nasce

aqui feito ave

o corpo fatigado e tímido

vence as ladeiras escarpadas

em busca de ninguém

de nada

vejo muitas janelas abertas para receber o dia

que sentencia um azul profundo

como se fosse a jura dos seus olhos

como o mar

o mar

e eu sigo condenada às coisas salgadas

gozo

suor

e lágrimas

Carla Carbatti
Enviado por Carla Carbatti em 15/05/2011
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T2972414
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