[Capítulo II] O Povo de Raimundo Nonato

Nasceu na senzala

mas na senzala não ficou

Nasceu na senzala

mas na senzala não ficou

Foi crescer no quilombo

mas no quilombo não ficou

Foi crescer no quilombo

mas no quilombo não ficou

Foi numa terra sagrada

o seu corpo descansou

Foi numa terra abençoada

que o caule despontou

Pelas canções de seus filhos

a árvore floreceu e espalhou

as sementes, do chão, brotaram

o povo de Raimundo Nonato