Pobre poema louco

Se porre de pobre

É tomar cachaça aos goles

E ficar todo esnobe

Nem mesmo pobre eu sou

Se porre de rico

É tomar black label todo mufino

E ficar estúpido, esquisito

Pasárgada é o meu déjà vu

Então me sento na beira da calçada

Admiro meu reflexo na poça d`àgua

Yemanjá surge ali do nada, diz que se chama Rosa

E me conta lindas histórias de amor

Depois numa ressaca inglória

Tropeço nas pernas, cambaleio meu corpo

Reflito que o mundo tá louco

E caio sentado em bosta de cachorro

E nesse pobre poema louco

Minha vida é privada, cheirando a esgoto

Não sei se sou eu ou o mundo que é torto

Sei apenas que amigo do rei eu não sou

"Um beijo Rosa Pena"