Solidão

Procurei-te, achei-te solidão.

Quantas perguntas escondidas

neste mundo tão vazio.

Quanta sede no meu espírito cansado.

Era necessário esconder-me

das entranhas da minha inquietação

Eras o refúgio ideal.

Desejei-te. Suspirei por ti,

qual manancial de quietude.

Tudo isso encontrei em ti.

Envolveste-me nesse teu véu

tão espesso, tão teia...

Agrilhoaste o meu corpo

é tua a minha vivência...

Mas chega.

Cansei-me de ti.

Quero, exijo, a minha liberdade.

Quero de novo a emoção

de me sentir vivo na vida.

Correr, tropeçar,

mas erguer-me de novo.

Desculpa companheira..

já não preciso de ti.

Rosa Maria Anselmo

Rosa Anselmo
Enviado por Rosa Anselmo em 23/11/2006
Código do texto: T299163