OLHAR ESTRANGEIRO

Alheio à paisagem circundante

Um homem caminha por entre

Labirintos de solidão

Cada vida que atravessa a avenida

Nesta manhã nublada

É uma ilha inexplorada

Alheio aos transeuntes naufragados

Em sua própria existência

Um homem caminha indiferente

À sua inerente condição de ilha

Quiçá ele fosse mais que um promontório

Um continente inteiro de forças

Adormecidas

Todavia,

Alheio à sua condição de náufrago

Aquele homem relutante se sente

Feito um estrangeiro dentro da própria vida

* * *

Goiânia, 25 de maio de 2011

Glauber Ramos
Enviado por Glauber Ramos em 25/05/2011
Reeditado em 26/05/2011
Código do texto: T2993320
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