Lá, onde o vento habita,

guardo meus segredos

Aqui, onde a noite adormece,

teço meus brinquedos.

Mil pontos, mil sonhos.

Profecias misturadas

à areia da ampulheta.

E o tempo não predetermina,

nem apressa, nem receita.

As escolhas são minhas

e alguns motes, aceito.

O jogo que jogo é limpo

e não há tantos desacertos.

Alguma harmonia.

Alguma cadência.

Muito instinto.

Muito recomeço.

Lá, onde o vento habita,

não há vestígios de medo.

É tão somente um lugar

onde guardo meus segredos.