Decepção
Foram tantas as noites insones
Tantas vãos dentro das horas frias
E meus olhos baços sem horizontes
Perdidos nos becos vazios
Covardes calaram minha voz
Depois de repetidas preces
E um hiato entre nós
Esperei que viesses
Desatar os meus nós
Sentar confiante ao me lado
Mas te ris do meu desconforto
Deixando meu rosto gelado
Meu tartamudear morno
Não te faças insensato
Breve meu vôo te alcança
Posto no engasgo meu relato
Sem jamais matar a esperança