Decepção

Foram tantas as noites insones

Tantas vãos dentro das horas frias

E meus olhos baços sem horizontes

Perdidos nos becos vazios

Covardes calaram minha voz

Depois de repetidas preces

E um hiato entre nós

Esperei que viesses

Desatar os meus nós

Sentar confiante ao me lado

Mas te ris do meu desconforto

Deixando meu rosto gelado

Meu tartamudear morno

Não te faças insensato

Breve meu vôo te alcança

Posto no engasgo meu relato

Sem jamais matar a esperança

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 01/07/2005
Código do texto: T30036
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