Um filho é depositado nos braços de uma estátua!(Poema 35)

Braços erguidos fixamente a

Estátua tem; o zinco

Brilha sob o sol de verão

Tórrido, pequenos reflexos de

Luz podem ver-se sob a estátua.

Nela não há objetos sagrados,

Apenas o chão e a estátua

Dividem um espaço frequentado.

A estátua tem um ar

Inquieto, elevado, sonhador...

Serenamente deseja pousar a

Mão no chão e com ele

Riscar pequenos desenhos

Em todo o espaço...

Porém essas mãos carregam

Um corpo infantil aniquilado

Por morte repentina, o pai a

Coloca e clama aos céus

Perguntas rápidas e cortantes.

O silêncio do local é o

Único companheiro de

Um pai suplicante por uma

Resposta a qual a estátua

Ignora conhecer.

Criança morena, de olhos

Parados e opacos,

Morte veloz a

Consumira e

Nenhuma palavra pôde

Sair de sua boca

Pequena e fina.

A estátua acolhe

A criança e o olhar

Em sua face é duro e

penoso.

As lágrimas do pai aos

Pés acende-lhe como um

Fogo, e brasas de compaixão

Semeiam novas enchentes e

Constelações estelares multiplicam-se.

LuHessBuss Moonshadow
Enviado por LuHessBuss Moonshadow em 02/06/2011
Reeditado em 05/05/2023
Código do texto: T3010220
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