Normalidade

E pensando sobre a normalidade

Deparei-me com algumas verdades,

Ora entenda-se agora,

Que nem sempre na verdade há verdade

Por vezes a encontro mais nas mentiras

Mas isso é outra história

A verdade engolida

MAstigada e saboreada

Pois não é questionada

Me mostra uma realidade deturpada

Começarei mostrando à você

O que é a normalidade

Normal é usar jeans,

O que para mim nem é problema,

Normal é combinar o rosa claro com o escuro

Mas já que não tenho preconceito com o rosa,

É combinar o meu jeans com as cores da moda

É assistir aquela novela

Que me diz o importante é ser bela

É comer com garfo e colher

E ficar longe da deliciosa Baré

É ser uma mocinha bem educada

Ou um mocinho bombado

É pensar que revista boa, Isto É,

Veja... leitura boa são as minimas

É conter meu grito de fúria

E permitir o preço subir

É andar sem tocar e sem olhar

Os seus olhos a me pedir

Talvez nem um pão, mas um pouco de atenção

É dizer meu sim impensado

E aplaudir o Circo, o espetaculo

E melhor ainda se eu for o palhaço

Ser nomal é estar de acordo

Neste mundo globalizado

Coca-cola e hamburguer

Faz parte do meu cardápio

É ser capacitado para compra

E incapaz de uma mudança

E Ai daquele que não normaliza seus valores

Fica, cubamente, distanciado

(Ao cubo mesmo)

E eu pensando nisto tudo

Cheguei a este grito:

SOCORRO ME LEVEM PARA UM HOSPICIO

Brigida Bezerra
Enviado por Brigida Bezerra em 25/11/2006
Reeditado em 25/11/2006
Código do texto: T301193