OS ANJOS.

Não me machucaria,

Sentir essa queda cá de cima,

Não me acometeria mal maior que o amor

Sua atroz dor,

Marcas, mazelas e feridas.

Oh, se ao menos continuássemos caindo...

E a gravidade no fogo da velocidade, verossímil,

Dizimando essas alvas plumas...

Que asas,

Levar-nos-iam de volta p’ra casa?

E se conseguíssemos concluir

Um acordo com Deus,

E fosse concedido, consentido,

A modificação dos nossos corações,

Caindo desde a aurora, noite a fora,

Tal queda não nos machucaria,

Não traria problema algum.

Aprendendo com a queda,

Com a total perda do perdão,

Ao esvanecer relapso de nossa matéria,

Oh, ha relâmpagos em nossos corações!

Eclodindo na atmosfera,

E sobre a verdade perpetuado de tudo

Aquilo que nos foi excluído.

Veja como as estrelas jazem,

E agora se partem,

Sobre a tempestade de nossos olhares!

Oh, não me dizes

Nunca conseguiremos ser felizes!

Então venha querida,

Vamos,

Sejamos nós mesmos agora,

Venha meu anjo libertar-se,

Experimentar com fervor

Estranhas novas experiências.

Não seria problema algum

Se continuássemos caindo,

Oh, se tão somente continuássemos caindo...

Tomb
Enviado por Tomb em 05/06/2011
Código do texto: T3016465
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