A alma e a esperança da poesia

As armas que parecem estar engatilhadas

A todo instante

No momento mais importante

E o sorriso que já não move o ar e não o inspira puro

Os socos que parecem não quebrar o muro

Podem cair do céu, podem quebrar o asfalto

Mas não olharão como um poeta lá do alto

O pesadelo de um mudo pior e um verso na calçada

Quase esquecido

Quiçá perdido em plena madrugada

Como valores derretidos pelo vento, os quais eram sólidos

E ao tornarem líquidos, nota-se a vida incompleta

Essa luz pode apagar, pode trocar o alfa e o beta

Mas não matará a alma de um poeta

Não matará a esperança de um poeta

Que quer falar de amor

Eu quero o seu corpo e o seu desejo de rir ou chorar

Eu quero os seus sonhos

Alex Dutra
Enviado por Alex Dutra em 06/06/2011
Código do texto: T3016907