emBALA-me...

Em teus braços, nesta tua fúria embala-me,

pois, sou refém, servo obediente a sua lascívia

e no aconchego de suas coxas repouso,

absorvo o femíneo perfume, logo, enlouqueço.

Estou teso sob o vosso úmido litígio,

não há respaldo, nem altercação,

é por tua vontade, tua fome insaciável,

que meu fôlego revigora e meus olhos brilham.

Então, embala-me em sua volúpia,

roça-me o rosto em teus seios fartos,

que em seus lábios envaideço minha rigidez.

Outrossim, vens a teu fiel serviente,

cavalgar este ardente e lúbrico desejo,

que sob teu corpo apenas aceito o ritmo,

mantenho-me rijo, permaneço acossado,

e serei músculos e nervos explodindo!

Por teu gozo, embala-me sem discrição,

usando e abusando de minhas conveniências,

usurpa-me todas as sensações e delírios

sentenciando-me a servidão omnipresente a teu orgasmo.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 06/06/2011
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