Amor de poeta
Amor de poeta
Angélica T. Almstadter
O amor vividos em alvos lençóis
Cantados nas noites enluaradas
Batizados nas serestas tantas
Amor de poeta é versejado e sofrido
Amor cantado em bemóis
Virando madrugadas
Arrastando juras tamanhas
Amor de poeta nunca é esquecido
Não se prende a beleza física
Mora na alma ..na essência
Só quer um pedaço do coração
Amor que tem morte tísica
Canta aos quatro ventos sua carência
Só se alimenta de emoção
Amor de poeta é inteiro
Porque não conhece o limite da razão
Não se prende nas tramas dos ponteiros
Se banha nas lágrimas da saudade
Desconhece o amor de vaidade
Não tem freios no cantar do coração
Reconhece do(a) amado (a) os seus cheiros
Amor de poeta é livre e sem mordaças
É sentimentos a transbordar
Nas bordas das taças
Sem prender ou se atrelar a arreios
É vida todo dia a começar
Superando cada um dos anseios
Amor de poeta é sempre verdadeiro
Nem sempre correspondido
Na mesma intensidade
Porque se entrega altaneiro
Tem choro sentido
E não vive na realidade