Poetas. Poetisas. Vamos escrever?
Vamos juntar o meu
O seu alfabeto.
Junte tudo aquilo que escreveu
Para ser lido.
Para ser secreto.
Vamos valer mais e mais e mais
Da imaginação.
Usar de elementos tais
Que venham da alma,
Do coração.
Vamos trazer a tona
Os versos
Dos derrubados em lona.
Dos que andam tristes,
Dispersos.
Vamos escrever. Sobrepor
O renacer
Fazer exstir o sonho, o amor
Na forma mais linda
De escrever.
Para o dissabor, a flor.
Para o pranto, o cessar.
Para a solidão, o amor.
Para a tristeza, o gargalhar.
Para desilusões, esperança.
Para a traição, o recomeço.
Para o passado, a lembrança.
Para a fantasia, o adereço.
Para a vida, a glória.
Para os filhos ,a dedicação.
Para o futuro, a vitória.
Para a paz, a união.
Para a doença, a cura.
Para o regresso, a saudade.
Para a imaginação, a altura.
Para os desejos, a vontade.
Para o desespero,a calma.
Para a morte, o respeito.
Para a vida, a alma.
Para o acalanto, calor do peito.
Para as aves, o canto.
Para os campos, a liberdade.
Para a surpresa, o espanto.
Para os justos, a dignidade.
Mãos à obra e canetas, poetas,
Poetisas.
As escritas são tortuosas, retas
Embaladas pelos sopros
Das brisas.