O inexistente



Sem horta, nem pomar para colher
os homens, e o feminino se sobressai
nas vestes finas, abstratas.


O sintro vem de dentro da terra 
amarga e me pega vestido
de roupas compridas, vida curta.
 

E as vestes com cores de tenra idade
na leve embriaguez invade a alma
a beleza, sem sexo, renova o mundo.


Ja nao interessa o palpavel
prefiro o que parece nao existir
o vento passa essa certeza.


Diante do espelho nao toco
e fecho os olhos e desapareço
na imaginaçao da escuridao.


Um dia deixarei de existir
para sentir a pura convicçao
o mundo nao é deste mundo.


Feito o unico passaro :
- canto num canto, resistente
nao para ser feliz (...)
mas para chamar o inexistente.



LeandroRecife
Enviado por LeandroRecife em 10/06/2011
Reeditado em 18/06/2011
Código do texto: T3025299
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