O Dia da Borboleta
O Dia da Borboleta
Angelo Sansivieri
De casulo, adiante uma borboleta,
como senhora da porta mata,
emergindo-se numa tarde de verão,
consertando os lugares da natureza.
Sem desígnios, que eu poderia localizar,
flutua para vaguear no penhasco
em empreendimento misturado,
que os trevos entenderam.
A asa balé da borboleta,
foi vista contraindo em um campo,
aonde os homens fizeram feno
com as folhas secas do inverno.
Pássaros, a disputar o ar,
como festa de fantasma no verão,
em circunferência despropositada,
ela procura pelo fojo.
E apesar das abelhas que trabalham,
ela floresce aquele zeloso corpo e
se misturam nas ramas úmidas,
protegendo-se dos zangões.
O pôr-do-sol rastejou em maré fixa,
os homens do campo, transportam colheita,
é tarde, e a borboleta,
extingue-se, para o seu mar.