SALGUEIRO E A ENCHENTE NO AÇUDE VELHO

SALGUEIRO E A ENCHENTE NO AÇUDE VELHO

Com a intensa chuva de janeiro,

Chegam às águas que varreram o meu Salgueiro,

Foi tanta que caiu que ao povo veio o desespero!

Elas saíram por dentro, descendo...

Até as beiradas do Açude Velho com grande força correndo,

Tantas que beiraram as paredes dos prédios!

Na quebrada do sangrador, pouco nós víamos,

Carros que por ele desciam,

Passar a correnteza os motoristas não se atreviam!

Foi algo incontável... De tanto, admirável!

Até os peixes invadiam a estrada,

E por entre os carros e pessoas pulavam!

A água que começou a cair na madrugada,

Pela manhã passava por algumas ruas,

Parecia mais uma enxurrada!

Águas que Desciam até a porta do Salgueirão,

Com força cercava o quarteirão,

Fazendo temer até motorista de caminhão!

Com Ela vinham mato, cobras e jacaré,

As pessoas estavam impressionadas,

E a tudo observavam em pé!

As rádios ligadas davam notícias,

Era o furo do dia,

Até os políticos davam entrevistas!

Todos de rádio no ouvido e chinelo na mão,

Só queriam entender as explicações,

Desejam saber o que dariam como solução!

Eram muitas as opiniões de homens, mulheres e crianças,

Apenas palavras, tantas e quantas...

Algumas só causavam duvidas e inseguranças!

Para muitos foi um dia de perca, de dor e de choro...

Dia difícil que ações de sentimento nos impulsionaram,

Parentes e amigos fizeram do apoio o seu conforto!

Dia que o salgueirense guarda temeroso,

Dia que apenas restaram dúvidas e desejo de resposta,

Dia que marcou a sua história!

Enquanto isso, o Açude Velho como parte de todos nós,

Ele é trazido à discussão a cada hora,

Pois todos guardaram a calamidade na memória!

Dos dias quando era apreciado por sua beleza radiante,

Resta-nos apenas o marco da dor apavorante,

Momento que nos fez entrar em colapso por um instante!

Obs.: Este fato aconteceu entre 2007 e 2008