dignidades

Aos já nascidos indignos, o meu alento!

Os dignos têm os olhos vendados, são os grandes e fortes

de mãos e coração congelados

De tão distraídos entre os seus brinquedos e medos

Os homens de alma pura estão sendo enlouquecidos

enquanto homens mesquinhos discursam sobre dignidades

Como quem vende bananas nas feiras

sem ter tido o trabalho de plantá-las e colhê-las

A estes eu nutro um profundo sentimento de perplexidade

As crianças estão dormindo nos celeiros

enquanto adultos sonham e enterram seus mortos

Todos se deitando dignamente sobre as suas emoções!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 18/06/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3042376