dignidades
Aos já nascidos indignos, o meu alento!
Os dignos têm os olhos vendados, são os grandes e fortes
de mãos e coração congelados
De tão distraídos entre os seus brinquedos e medos
Os homens de alma pura estão sendo enlouquecidos
enquanto homens mesquinhos discursam sobre dignidades
Como quem vende bananas nas feiras
sem ter tido o trabalho de plantá-las e colhê-las
A estes eu nutro um profundo sentimento de perplexidade
As crianças estão dormindo nos celeiros
enquanto adultos sonham e enterram seus mortos
Todos se deitando dignamente sobre as suas emoções!