Soneto à morte

Aos céus suplico agonizante

De tez funesta e pesar fundo

Eu, pobre varão moribundo

A que venha minha morte, lacerante.

Que rapte as dores de meu mundo

Do viver tão pouco exuberante

Que deixe-me jazer, tripudiante

E que traga ao meu descanso um bem rotundo.

Pudesse a alma dançar com teu fulgor

Dentro do meu ser desaprumado

A vida então tivesse algum valor.

Seria eu então eternizado,

Mas viver sem teu amor?

Não - muito'brigado!

Thiago Salinas
Enviado por Thiago Salinas em 02/07/2005
Código do texto: T30437