Soneto à morte
Aos céus suplico agonizante
De tez funesta e pesar fundo
Eu, pobre varão moribundo
A que venha minha morte, lacerante.
Que rapte as dores de meu mundo
Do viver tão pouco exuberante
Que deixe-me jazer, tripudiante
E que traga ao meu descanso um bem rotundo.
Pudesse a alma dançar com teu fulgor
Dentro do meu ser desaprumado
A vida então tivesse algum valor.
Seria eu então eternizado,
Mas viver sem teu amor?
Não - muito'brigado!