Os homens no metrô

Outro dia comecei a reparar

Nos homens que me olham no metrô.

E cheguei à seguinte conclusão.

Esses homens não sabem

Que sei de cor o minuano

Que carrego um caramelo de mágoa

Debaixo da língua

E que planto flores com os olhos.

Nem desconfiam que

Por baixo do mantô

Eu giro feito um catavento.