O mal e o ânimo

No fundo espero que saibas

que para ti movi um

mundo de patéticas

idéias de amor;

Abri-me em sorrisos,

estreitei-me em agouros

Entre suspiros de alívio

e saudade

teci, de adâmicos instintos

um afeto tenso.

De braços ciumosos

ergui-me frondosa

para convencer-te

de que o sol ameaçava-te

a mocidade.

Nada te pode reter.

Quando partistes, enfim,

ultimado

enfadei-me dos passantes

alimentei os vadios

exauri-me de inane

amorança

até que desisti de todo o viço

assumi os laivos

e fui ser frutífera.

claudia lidroneta
Enviado por claudia lidroneta em 21/06/2011
Reeditado em 21/06/2011
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