De Joelhos
Eu sempre soube.
Do fato, do ato
O veneno da cobra
O resto, a sobra
O pulo do gato.
Eu sempre soube, de fato
O olhar pro sapato
Ou a cor do cabelo
Um detalhe no dorso
Na dor do joelho.
Da com(par-ação)binação
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Do vermelho.
Agora tu vens de joelho
A pedir,
E acato a perdão.
A cato todo fato e separ-ato
Tu e eu, tu e não.
E os outros – nós no chão.
Eu sempre soube, de fato
Sutil e asqueroso lagarto
O por trás da intenção.
O teu olhar, hoje invenção
A procura do que não te fui
E todos os cachos, os achos
Que hão por aí, não sou eu
Eu, aqui.
Sempre soube - isso é fato
Não da verdade, aparato.
Que sempre ficou por trás.
Da cegueira visível
A premonição aos poucos desfaz,
E dá lugar ao saber que é nato
E que eu sempre soube
É que eu nunca soube nada,
De fato.