LUA

Oh Selene, andarilha das noites cruas
Nas revestes da minha quimera vives
E a profanas de maneiras espúrias
Breu ativa-se nas biografias breves...
Tua maldade bela legisla teses
Mal resolvidas, ambíguas, mortíferas
Que fazes se arrebatas meus deslizes?
Distração de era!Falhas infrutíferas...
Impeço tua extensão e, então, adejo
Em mosteiros medievais, permaneço
Espectro de Arthur beija-me sem pejo
Não sofro!Idolatro afetuoso gracejo
Nos mundos de Cíntia, retrocedo a vicejar
Luminar sem farol, que almejas de mim?
Fruto do desengano confina-te ao mar!
Almejo meu sorriso em lábio carmesim...