Metades de mim

Metades de mim, vês aqui!
Lados assimétricos, antagônicos,
Metades de mim, veja enfim,
Metades de um ser desarmônico.

Não sou mais eu, não sou nada,
Vísceras mortas, alma abalada,
Metades de mim, aqui estou eu!
Criatura não mais criada.

Pena que voa e ao vento fere,
Som que ressoa em tempo breve,
Alma que canta, branda e entoa:
“Sou ser sem vida, que Deus me leve!”
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 23/06/2011
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T3052900
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